sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

#119 Resenha - A Biblioteca de Paris (Janet Skeslien Charles)

Paris, França, 1939. A jovem Odile Souchet tem tudo: um bonito namorado policial e o emprego dos sonhos na Biblioteca Americana em Paris. No entanto, quando a Segunda Guerra Mundial estoura e os nazistas marcham sobre a cidade, Odile corre o risco de perder tudo o que é importante para ela, incluindo sua querida biblioteca. Odile não pode permitir que isso aconteça. Com seus colegas de trabalho, ela se junta à Resistência com as melhores armas que possuem: os livros. E colocam a instituição à disposição dos judeus, que, expulsos de suas casas, se sentem seguros entre eles.
Montana, Estados Unidos, 1983. Lily é uma adolescente solitária em busca de aventura. Sua velha vizinha solitária atrai sua atenção. Conforme Lily vai conhecendo mais sobre o passado misterioso da vizinha, descobre que elas compartilham o amor por diferentes idiomas, os mesmos anseios e o mesmo ciúme intenso, sem suspeitar que um obscuro segredo do passado liga as duas.

Nesse livro acompanhamos a história de Odile, uma jovem que após sua graduação, sonha em trabalhar numa biblioteca. Ela é uma típica moça dos anos 30/40: sonhadora, romântica e com vários dilemas familiares. 

O livro começa contando a história um pouco antes da segunda guerra mundial, quando os cidadãos de París achavam que o caos politico não chegaria até eles. Gostei que a autora abordou dessa forma, pois foi uma boa introdução pra história de Odile. 

Sobre a escrita: eu gostei e não gostei. A escrita da autora tem uma pegada mais clássica, tinha momentos que parecia que eu estava lendo Jane Austen. Outro ponto foi com a quantidade imensa de personagens secundários. Eu sei que o ambiente exigia mais informação, mas achei que tinha horas que não precisava isso tudo. São pequenos detalhes que fazem a leitura ficar um pouco cansativa. 

Sobre os personagens: as principais são Odile e Lily. Confesso que me identifiquei mais com a Odile principalmente em sua juventude. Gostei que ela se tornou muitas coisas para a Lily: mãe, professora, amiga e confidente. Isso me mostrou quantas coisas temos para aprender com as pessoas mais velhas, e uma amizade entre uma pré-adolescente e alguém da terceira idade é totalmente possível. 

Sobre o livro num geral: eu gostei sim, me identifiquei muito em alguns momentos, fiz muita marcação e ele terminou de um jeito aceitável. Mas eu não consegui me conectar nele. Eram capítulos curtos, a capa é linda, o início parecia ser muito promissor, mas ele foi se enrolando muito. E o plot - apesar de não ser algo que eu esperava - não foi lá aquelas coisas. 


!!!!!!!!!! CONTEM SPOLIER A PARTIR DAQUI!!!!!!!!!!!


Eu precisava comentar sobre a Odile. Eu fiquei com o coração partido por ela. Apesar de ela ter abandonado tudo por culpa do seu próprio ódio e não ter controlado a língua, ela teve que tomar uma decisão muito difícil. Ela tinha um homem que ela amava muito, mas que ele tinha o mal dentro dele. Ela poderia encarar o seu erro e ficar mas ter que conviver com uma pessoa que tinha um lado perverso, ou largar tudo e todos pra não ter que encarar a verdade. Sinceramente eu não sei o que eu teria feito no lugar dela. Aprender a ficar calada em momento de raiva seria uma ótima forma de começar, mas é fácil falar quando não é na nossa pele. 

Ficou interessado (a) acesse o livre clicando aqui para visualiza-lo na Amazon 

0 comentários:

Postar um comentário

 

Mil Léguas Template by Ipietoon Cute Blog Design